segunda-feira, 8 de junho de 2009


Aos que não casaram, Aos que vão casar, Aos que acabaram de casar, Aos que pensam em se separar, Aos que acabaram de se separar. Aos que pensam em voltar... Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O AMOR É ÚNICO, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, A SEDUÇÃO tem que ser ininterrupta... Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia SER ETERNA Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver BOM HUMOR para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar. Amar só é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar. Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar "solamente", não basta.

sexta-feira, 29 de maio de 2009


Jovens No Além
(Francisco Candido Xavier)


Jovens no Além Para nós, efetivamente, não existem na Terra jovens ou velhos.Em qualquer parte, encontramos companheiros de trabalho e de experiência, nos mais diversos marcos de tempo.Em razão disso, tantas vezes, no mundo, somos defrontados por meninos-sábios e sábios-meninos.Amigos que se transferiram para as nossas vivência espirituais, noverdor da força física, escreveram este livro. Formaram-no, página apágina, consagrando-as aos familiares e afeiçoados da Terra,identificando-se de modo a informá-los com segurança. Para isso, bastasvezes; quiseram empregar linguagem própria, esbatendo choques embrandas consolações, transformando surpresas em advertências, saudadesem bênçãos e lágrimas em sorrisos.E as mensagens desses irmãos queridos da juventude vertem do Além paraa Terra, não somente para os corações amados a que se vinculam. Chegamigualmente em nossa direção, auxiliando-nos a escolher o melhor caminhoe a pensar com acerto, em qualquer ângulo espacial a que nos ajustemosou em qualquer faixa etária de nossa evolução.Que este recipiente de sensatez e alegria, paz e renovação que teofertamos, em forma de livro, possa beneficiar-te e reconfortar-te,onde quer que te encontres, são os votos do servidor que, como sempre,roga à Divina Providência a todos nos ilumine, sustente, fortaleça eabençoe.EmmanuelUberaba, 06 de julho de 1975 CALMA Agitações na Terra.Tempos de transição.Dificuldades de entendimento.Impactos do progresso.Conflitos de gerações.Estes são os motivos apresentados por muitos amigos para que lhesenderecemos algumas páginas sobre serenidade e segurança, já que a vidanão nos permite parar, nem no Plano Físico, nem no Mais Além.Realmente, a evolução não se interrompe.Sofrendo ou aprendendo, criando ou recriando, melhorando ou renovando,errando ou reajustando, toda criatura prosseguirá sempre, em demandaaos objetivos supremos da Sabedoria Divina.De qualquer modo, porém, e seja qual for o ponto do Universo em que selhe ergue a moradia, o espírito necessita de paz em si mesmo, a fim deconstruir o seu próprio caminho para outros caminhos de elevação.Desses raciocínios nasceu este livro que entregamos ao leitor amigo,desejando-lhe harmonia e confiança em Deus, na edificação da felicidadeque aspiramos a conquistar."Calma" é a legenda que nos define o volume despretensioso.Que semelhante benção possa fortalecer-nos a todos, em meio dosobstáculos e embates, dificuldades e provas com que, porventura,sejamos defrontados em nossa marcha para o Amanhã Sempre Melhor, com oapoio de Jesus, o Mestre e Senhor, são os nossos votos.EmmanuelUberaba, 17 de Novembro de 1978

Senhor, ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho. A dar sem olhar a quem. A servir sem perguntar até quando. A sofrer sem magoar seja a quem for. A progredir sem perder a simplicidade.

A semear o bem sem pensar nos resultados. A desculpar sem condições. A marchar para a frente sem contar os obstáculos. A ver sem malícia. A escutar sem corromper os assuntos.

A falar sem ferir. A compreender o próximo sem exigir entendimento. A respeitar os semelhantes sem reclamar consideração. A dar o melhor de nós, além da execução do próprio deversem cobrar taxas de reconhecimento.

Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldadesdos outros, assim como precisamos da paciência dos outrospara com as nossas próprias dificuldades. Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquiloque não desejamos para nós.

Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente àquela de cumprir os desígnios, onde ecomo queiras, hoje, agora e sempre.

(Emmanuel)
Mensagem psicografada por Chico Xavier

quarta-feira, 27 de maio de 2009


Prece de Gratidão

Senhor Jesus, muito obrigada! Pelo ar que nos dá, pelo pão que nos deste, pela roupa que nos veste, pela alegria que possuímos, por tudo de que nos nutrimos. Muito obrigada, pela beleza da paisagem, pelas aves que voam no céu de anil, pelas Tuas dádivas mil! Muito obrigada, Senhor! Pelos olhos que temos... olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar, que contemplam toda beleza! Olhos que se iluminam de amor ante o majestoso festival de cor da generosa Natureza! E os que perderam a visão ? Deixa-me rogar por eles Ao Teu nobre Coração! Eu sei que depois desta vida, além da morte, voltarão a ver com alegria incontida... Muito obrigada pelos ouvidos meus, pelos ouvidos que me foram dados por Deus. Obrigado, Senhor, porque posso escutar o Teu nome sublime, e, assim, posso amar. Obrigada pelos ouvidos que registram: a sinfonia da vida, no trabalho, na dor, na lida... o gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro, as lágrimas doridas do mundo inteiro e a voz longínqua do cancioneiro... E os que perderam a faculdade de escutar ? Deixa-me por eles rogar... Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar. Obrigada, Senhor, pela minha voz. Mas também pela voz que ama, pela voz que canta, pela voz que ajuda, pela voz que socorre, pela voz que ensina, pela voz que ilumina... E pela voz que fala de amor, obrigada, Senhor! Recordo-me, sofrendo, daqueles que perderam o dom de falar e o teu nome sequer podem pronunciar!... Os que vivem atormentados na afasia e não podem cantar nem à noite, nem ao dia... Eu suplico por eles, Sabendo que mais tarde, no Teu Reino, voltarão a falar. Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas alavancas da ação, do progresso, da redenção. Agradeço pelas mãos que acenam adeuses, pelas mãos que fazem ternura, e que socorrem na amargura; pelas mãos que acarinham, pelas mãos que elaboram as leis e pelas que as feridas cicatrizam retificando as carnes partidas, a fim de diminuírem as dores de muitas vidas! Pelas mãos que trabalham o solo, que amparam o sofrimento e estancam lágrimas, pelas mãos que ajudam os que sofrem, os que padecem... Pelas mãos que brilham nestes traços, como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços! ...E pelos pés que me levam a marchar, ereto, firme a caminhar, pés da renúncia que seguem humildes e nobres sem reclamar. E os que estão amputados, os aleijados, os feridos e os deformados, os que estão retidos na expiação por crimes praticados noutra encarnação. Eu rogo por eles e posso afirmar que no Teu Reino, após a lida desta dolorosa vida, poderão bailar e em transportes sublimes com os seus braços também afagar Sei que lá tudo é possível quando Tu queres ofertar, mesmo o que na Terra parece incrível! Obrigado, Senhor, pelo meu lar, o recanto de paz ou escola de amor, a mansão de glória ou pequeno quartinho, o palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria! Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho e pelo lar que é meu... Mas, se eu sequer nem um lar tiver ou teto amigo para me abrigar nem outra coisa para me confortar, se eu não possuir nada, senão as estradas e as estrelas do céu, como sendo o leito de repouso e o suave lençol, e ao meu lado ninguém existir: vivendo e chorando sozinho, ao léu... Sem um alguém para me consolar direi, cantarei, ainda: Obrigada, Senhor, porque Te amo e sei que me amas, porque me deste a vida jovial, alegre, por Teu amor favorecida... Obrigada, Senhor, porque nasci, Obrigada, porque Creio em Ti. ...E porque me socorres com amor, Hoje e sempre, Obrigada, Senhor! Amélia Rodrigues Psicografado por Divaldo Pereira Franco

TRANQÜILIDADE

Comece o dia na luz da oração
O amor de Deus nunca falha.
Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
Hoje é o tempo de fazer o melhor.
Trabalhe com alegria.
O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal,de ouro maciço é um cadáver que pensa.
Faça o bem quando possa.
Cada criatura transita entre as próprias criações.
Valorize os minutos.
Tudo volta com exceção da hora perdida.
Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.
Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.
Estime a simplicidade.
O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.
Perdoe sem condições.
Irritar-se é o melhor processo de perder.
Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa.
Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo.
Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante
dos crucificadores, mas o Cristo solitário era causa de Deus.


Autor: André Luiz
Psicografou: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER


CONVERSA DE GENTE MOÇA


Paz e amor na reunião
Coração calmo e contente. . .
Isto me faz escrever
A mocidade presente.
Irmãos, a vocês aí,
Que formam na juventude,
Desejo posam fazer
Tudo aquilo que não pude.
Não acreditem na morte
Em que o pijama se estraga,
A vida, - benção de Deus,
É luz que nunca se apaga.
Conservem saúde e força
Na paz do trabalho são. . .
Por dentro do coração.
Futuro? Pensem agora
Na idéia melhor que há. . .
Aquilo que a gente planta
É aquilo que surgirá.
Assunto de casamento,
Anotem como se cria,
O lar não pode nascer
Em jogo de loteria.
Tóxico é tempo perdido,
Guardem juízo apurado;
Dinheiro gasto em bolinha
É futuro ao necessitado.
O esquente não auxilia
Mesmo nas horas de festa;
Há muita pinga enfeitada
Mas para vida não presta.
Quanto ao mais, busquem Jesus
E esquecem exemplos meus!...
Mocidade para o bem
É a senda que leva a Deus


Autor: Jair Presente
Psicografou: o médium Francisco Cândido Xavier


.PERDOA TEU IRMÃO (Madre Tereza de Calcutá) “Muitas vezes as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. PERDOE-AS ASSIM MESMO... Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta e interesseiro. SEJA GENTIL ASSIM MESMO... Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. VENÇA ASSIM MESMO... Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo. SEJA HONESTO ASSIM MESMO... Se você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. CONSTRUA ASSIM MESMO... Se você tem PAZ e é FELIZ, as pessoas podem sentir inveja. SEJA FELIZ ASSIM MESMO... Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. DÊ O MELHOR DE VOCÊ ASSIM MESMO... Veja você, no final das contas, é ENTRE VOCÊ E DEUS! NUNCA FOI ENTRE VOCÊ E AS OUTRAS PESSOAS...” É assim mesmo, perdoe, seja gentil, seja vencedor, seja honesto!!! Construa, seja feliz, SEJA VOCÊ e dê o seu melhor, sem importar-se com as atitudes dos outros, porque “no final das contas SEMPRE SERÁ ENTRE VOCÊ E DEUS!!!” Sempre será entre você e ELE, esse DEUS maravilhoso que é um DEUS DE AMOR, um DEUS DE PERDÃO, UM DEUS CONSOLADOR, que em todas as necessidades de sua vida SEMPRE vai TE APOIAR, TE AJUDAR, TE CONFORTAR e TE GUIAR! QUE ELE SEMPRE AJA PODEROSAMENTE EM SUA VIDA, TE COBRINDO COM TODA SORTE DE BÊNÇÃOS!!! QUE ELE TE ABENÇOE E TE GUARDE!!! QUE ELE RESPLANDEÇA SEU ROSTO SOBRE TÍ E TE AGRACIE!!!

terça-feira, 26 de maio de 2009


RAMATIS



HISTORICO

Sua última encarnação teria sido na Indochina do século X d.C. À época, teria sido instrutor em santuários iniciáticos indianos, falecendo ainda cedo. Em reencarnação no século IV teria participado dos acontecimentos narrados no poema hindu Ramaiana. Segundo o médium Wagner Borges, o nome Ramatís homenageia dois personagens do Ramaiana: Lord Rama e sua esposa Sita. Também segundo Wagner Borges, Ramatís não nasceu na Indochina, mas na Índia, por suas caraterísticas hinduístas e por ser um mestre em mantras. Como o primeiro médium a escrever por Ramatís foi Hercílio Maes, cujo nome escreveu com a última vogal acentuada "í", esta é a forma correta de escrever o nome de "Ramatís", acentuando-se o i no final.


DOUTRINA

Para seus discípulos e admiradores, Ramatis coordena a "Fraternidade da Cruz e do Triângulo", equipe extrafísica de espíritos oriundos do cristianismo e das tradições religiosas do Oriente, comprometida em difundir síntese do conhecimento contido nas doutrinas religiosas e espiritualistas ocidentais e orientais, a fim de promover a integração da humanidade em tornoO convite ao autoconhecimento assim como a conscientização do ser humano em relação ao seu habitat são conceitos sistêmicos igualmente abordados por Ramatis além dos temas pré-encarnação e os cidadãos do terceiro milênio. Nos últimos anos, Ramatis também teria se dedicado ao esclarecimento sobre o tema da Umbanda e Apometria através de diversas obras psicografadas por Norberto Peixoto e alguns artigos de Dalton Roque espalhados na internet. de valores éticos e cosmoéticos em comum e a expansão dos horizontes conscienciais planetários.O repertório de estudos que teriam contado com a orientação do espírito de Ramatis se caracteriza pelo ecletismo, ao versar acerca de temas variados, tais quais fanatismo, ecumenismo, universalismo, espiritismo, teosofia, hinduísmo, Cosmoética, transição planetária, Conscienciologia, Projeciologia, Apometria,Umbanda, Ufologia, vegetarianismo, esperanto, câncer, tabagismo, alcoolismo, bioenergias, magia negra, chacras, mediunidade, projeção da consciência (viagem astral), autoconhecimento, leis do carma, projeto reencarnatório, suicídio, sexo, procriação, futuro do Brasil e da Terra, Jesus e profecias bíblicas.


MEDIUNS DIVERSOS

Em função da proposta universalista de Ramatís, os médiuns que psicografam suas obras possuem perfis diferenciados, mesclando influências do esoterismo, do hinduísmo, da umbanda, da doutrina espírita, da Conscienciologia, da Projeciologia e do espiritualismo laico e temporal. Os distintos perfis de seus médiuns e a mediunidade inspirativa (não-mecânica) de muitos deles fazem com que possuam, muitas vezes, opiniões diferentes sobre mesmas temáticas e controvérsias conscienciais. Para que se tenha visão abrangente do pensamento de Ramatis é necessário comparar o conteúdo das obras escritas por seus médiuns e extrair desse cotejo pontos de convergência. As semelhanças residem no discurso do espiritualismo universalista, na abordagem de questões pouco discutidas na literatura espiritualista (ou na expressão de enfoques e pontos de vista pioneiros) e na invocação de princípios éticos universais. As diferenças radicam na simpatia ou antipatia por profecias apocalípticas, nos distintos estilos literários (mais coloquiais ou mais formais), áreas temáticas de especialização e no grau de proximidade do espiritualismo laico ostentado por cada médium.





SUICIDIO
Classificação: / 14 PiorMelhor
Escrito por Administração
13-Jan-2009

Entenda quais são as causas e conseqüências do suicídio, de acordo com a doutrina espírita
Falar sobre os suicidas nos dá o ensejo de pensarmos no trabalho de renovação espiritual que está ao alcance e na obrigação de todos nós.
Acredito que todos devemos ajudar ao próximo, principalmente quando vemos nosso irmão se aproximar de uma situação desgastante, desigual e potencialmente suicida. É nossa obrigação! Embora não devamos ser inconvenientes, nem por isso devemos deixar de falar todas as vezes que vejamos a dor do próximo.
O suicida é, antes de tudo, um solitário. Descobrir um meio de chegarmos à criatura solitária pode ser um útil e benévolo exercício de caridade em favor do próximo. Utilizemos os recursos ao alcance de nossas mãos para auxiliar o suicida ou ao potencialmente suicida, pois isto será uma boa atitude e, certamente, nossos guias espirituais nos ajudarão. Quanto ao suicídio propriamente dito, lutemos contra todas as formas de depressão, fuga e falta de fé.
A seguir, entrevista com o palestrante espírita Alivo Pamphiro, publicada em 2002 .

O suicida deve ser considerado como um corajoso ou um covarde? Por quê?
Altivo Pamphiro – Todos os espíritos de bem informam que o suicida é, antes de tudo, um egoísta, que pensa somente em suas dores, ignorando as dores que irá causar em seus entes queridos. Não se pode generalizar e chamá-los de corajosos ou covardes, porque, na realidade, antes de tudo, eles estão preocupados com suas próprias idéias. Há, entretanto, os casos de loucura, nos quais o suicida, em um estado de demência, não pode avaliar o crime que está cometendo. É atribuído ao espírito Emmanuel a informação de que Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, ao se matar, não foi considerado como um suicida, uma vez que evitou uma guerra civil com sua morte. Desse modo, vemos que a Lei de Deus prevê considerações que nem sempre estão ao nosso alcance.
Quais os fatores espirituais que podem levar uma pessoa a desejar não mais viver?
Altivo Pamphiro – Principalmente a sociedade. O espírito, quando não tem mais motivo para lutar, pode se desesperar e entrar em uma depressão que o leva a pensar no suicídio. Há cerca de dez anos, na Suécia, houve uma pesquisa entre médicos e paramédicos sobre se algum deles teve o desejo de se suicidar algum dia. A informação, impressionante aliás, foi de que todos os médicos e paramédicos que habitualmente se dirigiam para os países pobres, oferecendo seus serviços durante as férias, jamais pensavam em suicídio. Vê-se que o trabalho é realmente um grande antídoto para a atitude suicida.

Para onde vão realmente os espíritos dos suicidas? Há alguma regra geral para quem comete este ato ou os motivos que o levaram a cometê-lo podem amenizar essa pena, se assim podemos chamar?
Altivo Pamphiro – A médium Yvonne Pereira, em seu portentoso livro Memórias de um Suicida, fala do “Vale dos Suicidas”. Entretanto, temos notícia de outros suicidas que não foram para o referido vale porque não constituíam um perigo para os encarnados. Segundo a médium, vão para o “Vale dos Suicidas” aqueles espíritos capazes de influenciar os encarnados. Eles, então, são segregados para não terem como influir nos homens.

Em média, quanto tempo o espírito de um suicida fica vagando pelas regiões umbralinas?
Altivo Pamphiro – Não há previsão para esse tempo. Dizem os espíritos condutores que o espírito fica vagando enquanto não consegue harmonizar sua mente e entender o apoio que está sendo dado a ele. Portanto, isso varia de espírito para espírito.

Será que todos nós, em alguns instantes, não somos suicidas, se assim podemos definir tal nomenclatura, quando estamos em algum estado “negativo”, como chateados, deprimidos, aflitos, inseguros, envergonhados, irados etc., e agimos contra a lei?
Altivo Pamphiro – Digamos que o suicida é aquele que, além de não conseguir superar esses estados mórbidos, procura fugir das realidades do mundo em que vive. Podemos também, como você está falando, ser considerados como suicidas potenciais todas as vezes que entramos nesse estado de morbidez psíquica. De alguma forma, somos suicidas quando desgastamos desnecessariamente o corpo ou desistimos de viver.

Quando algumas seitas fanáticas levam seus seguidores a suicídios coletivos, quem possuirá maior dosagem de culpa? Se alguém for obrigado a se matar, como ter que se jogar de um lugar, por exemplo, ele é culpado?
Altivo Pamphiro – Quando os seguidores de uma seita se suicidam, eles não têm culpa pelo ato, mas sim por terem se deixado envolver pelas ordens absurdas que lhes foram dadas. A culpa do suicídio propriamente dito caberá aos seus diretores, que os induziram. Quanto aos que são obrigados a se matar, estes não se suicidam, são assassinados.

Mas ao afirmar que seguidores de determinadas religiões ou seitas, quando se suicidam, não têm culpa, não se está tirando deles o livre-arbítrio em detrimento da fé cega?
Altivo Pamphiro – Quando pessoas abdicam de pensar e se deixam conduzir pela determinação de outros, eles realmente estão errados, mas devemos levar em conta aqueles que não são capazes de discernir. Nesse caso, o livre-arbítrio deles está realmente prejudicado.

Grandes personagens bíblicos possuiam tanto amor pelo povo que colocaram sua própria vida à disposição em troca da libertação dos outros. Esse sentimento “suicida” é antes uma virtude e não um erro, certo? Como disse Martin Luther King, “aquele que não possui uma causa pela qual se disponha a morrer por ela, este não merece a vida que possui”. Qual a sua opinião sobre esse tipo de “intenção suicida”?
Altivo Pamphiro – Nenhum desses grandes líderes, na verdade, tinha essa “intenção suicida”. Eles tinham a coragem da fé, que poderia chegar até o fato de saberem que correriam risco de vida todas as vezes que falassem suas verdades. Os líderes religiosos enfrentam principalmente a desordem moral e aqueles que se comprazem nela. Luther King enfrentou toda uma classe social em defesa dos negros. Estes homens, poderosos em si mesmos, sabiam que agrediriam ao status-quo vigente e, com toda certeza, a sociedade agredida responderia com sua linguagem de violência. Tenho certeza de que estes homens, ao enfrentarem esta sociedade, sabiam que a resposta que elas dariam seria a violência. Por isso digo que, na verdade, eles tinham a coragem da fé.

Se uma pessoa bebe e é atropelada ou bate o carro, ela cometeu um suicidio? Quanto ao suicídio lento por desgaste desnecessário do próprio corpo, há diferenças entre os que o fazem com álcool, drogas, fumo, comidas excessivamente gordurosas ou mesmo com um simples refrigerante?
Altivo Pamphiro – O fato das pessoas ignorarem que o álcool e o tabaco podem levar à morte não as eximem do sofrimento oriundo desses agentes químicos. O suicídio, nesse caso, seria indireto, mas nem por isso deixa de ser um desgaste desnecessário e inoportuno, que cedo ou tarde causará um sofrimento para os que abusarem assim de seu corpo. Tudo na vida depende da intenção. Se você também usa o excesso de gordura pensando que isso não lhe fará mal, você estará menos comprometido, mas nem por isso deixará de sofrer os efeitos de seus atos. Quanto ao que sofre um desastre e morre em conseqüência da bebida ou do tóxico, ele sofrerá por ver que cortou o fio de sua vida antes da hora. Não será um suicida clássico, mas sim um suicida indireto, que certamente terá de dar contas deste seu ato.

E no caso de pessoas que participam de esportes perigosos e acabam por desencarnar, como foi o caso de Ayrton Senna, seria suicídio? Que culpa tem quem participa de esportes como alpinismo, paraquedismo, automobilismo etc.?
Altivo Pamphiro – Os espíritos que têm conhecimento das limitações a que estão sujeitos e, mesmo assim, obrigam seu corpo a participar dessas atividades são chamados de suicidas em potencial. Quando ocorre a desencarnação de um deles, o espírito será punido pelo fato de conscientemente agir contra a segurança de seu corpo.

Que tipo de culpa teria alguém que se matasse por não ter seu amor correspondido? E aquela que não lhe correspondia?
Altivo Pamphiro – Quem se mata por amor, segundo a médium Yvonne Pereira, tem em seu benefício o sentimento com que agiu. Não foi uma fuga propriamente dita, mas sim uma falta de resistência moral. A pessoa que não correspondeu ao amor nada tem a ver com a morte do outro se não estimulou um amor que jamais seria correspondido.
Diante dos problemas de nossa sociedade contemporânea, o que dizer especificamente a respeito de suicídio para os jovens usuários de drogas?
Altivo Pamphiro – Estes antecipam suas partidas para o mundo dos espíritos e as informações que se recebe acerca do estado deles são as mais tristes possíveis. Na verdade, são suicidas.

Hoje em dia, ter relações sexuais sem o uso de preservativos pode ser considerado como atitude potencialmente suicida?
Altivo Pamphiro – Pode sim, caso se busque um parceiro ou parceira e você veja nele apenas o prazer, sem se dar conta dos prejuízos que podem acarretar tal relação.

Pode se fazer alguma coisa para auxiliar os suicidas ou a eles não se pode ajudar de forma alguma? Haverá alguma esperança para os espíritos suicidas e seus familiares?
Altivo Pamphiro – Sabemos que a prece é de grande auxílio para os suicidas, pois quando oramos por alguém, usamos nossa boa vontade, nosso sentimento de compreensão para com o próximo. Todas as vezes que pensarmos com tranqüilidade em favor de uma pessoa, estaremos sugerindo que alguém pensa nela com carinho, com estímulo e boa vontade. Outra forma de auxiliar é vibrar para que ela se encontre, sugerindo pensamentos de estímulo e de paz.
Entrevista realizada pelo canal IRC-Espiritismo e publicada na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 14.




“Se você, que está lendo este texto agora, pensa em suicídio, eu sugiro que leia este livro, pois irá descobrir que não há morte e que se chega do outro lado mais vivo do que nunca, tendo como pesadíssima bagagem, a Dor, e por companheiro inseparável, o Desespero!Se você ainda pensa na morte, aconselho que veja nessa leitura as terríveis e dolorosas conseqüências, comuns para quem se suicida; como será sua nova morada e quem serão seus “nobres” companheiros no sinistro Vale dos Suicidas!Contudo, se você for sensato, atentará para a exortação do Evangelho Segundo o Espiritismo: “A calma e a resignação, adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade, que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio”.Assim, você entenderá que viver, viver dignamente, é a parte indelegável, que nos compete fazer, em relação ao nosso Criador!”Agnaldo Cardoso .


DICAS PARA FAZER VIAGEM ASTRAL.


Ativar o chakra frontal antes de dormir - ele é responsável direto pela memória e lucidez. Uma das formas é vibrar luz no mesmo, mentalmente... Tanto a palavra quando a luminosidade. Outra é fazer o seu bija-mantra OM.Dormir de barriga para cima, e jamais cobrir o rosto. A má oxigenação aumenta a presença de gás carbônico do ar respirado, o que afeta diretamente a qualidade da memória.Evitar alimentos pesados ou álcool antes de dormir - eles fazem você "apagar".Evitar alimentos que acelerem o metabolismo, à noite (chocolate, nozes, café, guaraná, ginseng, energy drinks, calóricos, etc). Com metabolismo alto, é mais difícil cair para ondas mentais alpha.Impregnar a mente, durante o dia, com textos ou conversas projetivas. Ler a lista é ótima técnica. Se seu cérebro passa a achar isso um assunto normal, ele para de fabricar sonhos para encobrir as experiências que considera inverossímeis.Criar o hábito de ler um pouquinho sobre projeção, antes de cair no sono. Ao adormecer, seu subconsciente está mais acessível. Além do quê, a mente tende a facilitar colocar seu psicossoma naquilo que está sintonizando antes de dormir.Colocar um livro sobre projeção no travesseiro, ao arrumar a cama, de manhã. Mesmo que chegue morto de sono, à noite, antes de deitar você precisará tirá-lo dali, e por uma fração de segundos ao menos, sua mente TERÁ que lembrar que existe projeção. Mas claro, se puder ler antes de dormir, melhor.Dormir descansado. Não forçar demais a hora de dormir, sem necessidade. Não abusar do micro, TV, etc. Dormir só na última hora aumenta a possibilidade de você "apagar".Ter humildade de PEDIR ajuda aos mentores para que a memória seja facilitada. Espíritas, por exemplo, tem o bom hábito de fazer uma oração ao dormir que diz algo como: "Minha alma vai estar durante alguns instantes com os outros espíritos. Venham os bons ajudar-me com seus conselhos. Faze, meu anjo guardião, que ao despertar eu conserve - durável e salutar - a impressão deste convívio". Claro que não precisa repetir as palavras exatas, nem chamar amparador de anjo guardião, nem ser tão formal. Mas a idéia de ter humildade de pedir uma forcinha é muito bem vista do lado de lá - desde que não se torne uma dependência que substitua seu próprio esforço e interesse.Dormir com um caderno de anotação de sonhos e projeções do lado da cama. Ao dormir, se der, anotar antes sensações em cada noite (ex: música colocada, cansaço ou não, incenso ou não, hora que dormiu, condições, estado de espírito, práticas que vai fazer). Ao acordar, antes de mais nada correr para o caderno (que já deve estar com lápis) e anotar o que lembrar, antes de que tudo se apague da memória. Você vai se surpreender com o resultado deste hábito tão simples. No mínimo umas 10 a 20x mais lembranças, só por isso. O que deixar de anotar, o fazer o quanto antes. Nunca acumular.Alguns mais metódicos chegam a dormir com um gravadorzinho do lado. Ao acordar, mesmo de madrugada, no escuro, apertam o REC e falam o que lembram. Isto servirá de chave para quando forem anotar / relembrar pela manhã.Ter muito boa vontade, e pouca pressa / impaciência. Há quem ficou sem se projetar por vidas, ficou no ócio espiritual por anos nesta vida, e após uma ou outra experiência, acham que vão recuperar todo o tempo perdido em míseros três meses - ou menos. Se tiver calma, o resultado vem. É como adiar por um ano a volta à academia, e, ao voltar, querer toda a musculatura de 5 anos perdidos em 1 mês, forçando a barra, em vez de ter voltado antes. Calma, não é assim - mas pode estar certo que vai dar resultado sim, e progressivo.Se perguntar, durante o dia, se está dormindo, projetado ou acordado. Confirme sua condição de acordado, até isto virar um hábito que seja levado para fora do corpo, em sonhos ou projeções. Se por acaso descobrir que está lúcido a ponto de fazer esta pergunta durante um sonho, sabendo que é um sonho, não tenha dúvida: Mande passes em tudo que estiver à sua frente, fale "lucidez agora", e as imagens oníricas do cineminha mental desaparecerão na hora, e você verá onde está seu espírito. Bem, pode ser que esteja apenas junto ao corpo... Ou pode ser que esteja em locais nada agradáveis... Ou projetado mesmo, longe do corpo, em lugares interessantes.Não se esqueça que para sair do corpo, basta ter entrado em um antes. E que a saída da noite começa na entrada no corpo, pela manhã. Viva o dia da melhor forma possível, sintonizando-se com coisas legais. Você sairá para onde estiver sintonizado, e se você é denso na vigília, não espere ser uma pluma ao deitar. E quanto mais ectoplasma, menos lucidez. Ah, claro, e quanto mais assédio espiritual, também - evite dar mole espiritualmente.Faça mantras projetivos ao deitar. Experimente vibrar mentalmente os mantras DWIDJA, KESHARA ou BO YANG no chakra frontal. E não descuide de seu chakra umbilical (manipura = equilíbrio, alimentação e emoções ). Não basta estar lúcido mas mantendo-se agarrado ao físico, senão você terá apenas a lembrança e lucidez de uma catalepsia. Melhor sair inconsciente (se aliado com energias legais) do que ficar consciente - é muito mais útil, e sua energia pode ser aproveitada pelos amparadores, que em outras oportunidades, te ajudarão a se lembrar de outras formas.Tente impregnar - sem força, sem coerção mental - o seu cérebro, ao dormir, com idéias de projeção astral. Imagine-se fora do corpo, viajando, voando. Adormeça com esta idéia, de modo a quando a barreira entre consciente e inconsciente for rompida, seja esta a imagem que seu consciente esteja processando - o subconsciente tende a realizar imediatamente tudo aquilo que lhe é comunicado. Já que isto funciona, melhor usar para coisas realmente positivas.Faça do seu quarto um lugar associado a dormir, descansar ou amar. Zele pela qualidade da atmosfera espiritual de seu quarto. Na prática: Quartos são o pior lugar da casa para se colocar uma televisão e/ou um vídeo cassete. Se precisa mesmo ter TV ali, use apenas por conforto eventual, mas nunca como auxiliar do sono ou hábito noturno. Elas emitem ondas eletro-magnéticas, forçam seu cérebro a não relaxar, prejudicam a qualidade de seu sono, induzem a passar maior tempo acordado e só dormir "apagando" de cansaço. Além do que, notícias de guerra, brigas de novelas e filmes, sensualidade, futilidade, etc - e as formas pensamento que você gerará em resposta às mesmas - não são nem um pouco projetivas. Além de prender sua atenção, impedindo o padrão alpha e o relaxamento. Independente da projeção, até por uma questão de repouso e energias, é primordial que o ambiente de dormir esteja associado subconscientemente APENAS ao ato de dormir, descansar - ou no máximo fazer amor e/ou ler temas elevados. Deste modo, o simples ato de entrar no quarto já o colocará em uma atmosfera compatível com espiritualidade e projeção. Evidentemente, decoração com temas espirituais e elevados ajudam a compor a associação mental.Durma com um pequeno ponto de luz azul (25W ou menos) na cabeceira da cama. Além das propriedades cromoterapeutas, o azul é também a cor de ativação do chakra frontal. Além disso, ao voltar para o corpo, a iluminação leve ajuda ao psicossoma a se encaixar no corpo na posição correta (evitando aquela sensação de acordar sem saber de que lado está a porta, comum quando o psicossoma se encaixa errado, e que induz o apagamento da memória). Somado a tudo isto, o cenário projetivo costuma apresentar uma iluminação azul-prateada, parecido com uma luz de luar mais forte - e o fato de seu quarto já apresentar um tom parecido com este mesmo no físico, ajuda a sua mente a tomar a experiência projetiva - quando ocorrer - como algo normal e corriqueiro, aceitável, que não precisa ser apagado ou confundido com sonhos.Chame pelos amparadores, mentores, anjos guardiões, mestres, protetores, o nome que queira dar. Estes caras costumam ser tão educados, e respeitar tanto o nosso livre-arbítrio... Que mesmo estando do lado, às vezes não vem se vc não os permite e chama.


CORAGEM



Não te atormentes pois, filho querido, se a vida hoje para ti se faz tão difícil! Seca as tuas lágrimas, apazigua o teu coração, reveste-te de paciência e coragem e, buscando dentro de ti mesmo uma vontade imensa de crescer, encontrarás a humildade suficiente para tudo saberes aceitar e suportar sem revolta, mas confiante de que tudo são nuvens passageiras em tua vida. Reconhecerás, com certeza, que a dor que hoje possas estar atravessando, são ensinamentos preciosos que te proporcionarão uma vida futura melhor. Algo certamente, ainda precisas aprender. Analisa a ti mesmo e perceberás o que em ti precisa ser modificado. E, acima de tudo reconhecerás que a função maior da dor, é a de ensinar-nos a amar. Irmã Maria do Rosário – médium.

segunda-feira, 25 de maio de 2009


Quem não admira as pessoas ou seres dotados de capacidades paranormais, transcendentais, proféticas, mediúnicas, etc?
Quem não sonha em, um dia, poder irradiar toda beleza e esplendor dos espíritos que já conquistaram a angelitude?

Presente em todas as religiões, sob denominações e aspectos variados, os anjos fazem parte das crenças espiritualistas. Esta questão é muito ampla e complexa, mas, em nossa abordagem, o intuito foi mostrar que todos temos certos potenciais adormecidos e que, se soubermos despertá-los, poderemos conquistar uma felicidade e paz de espírito jamais imaginadas. Amor, compaixão, compreensão, sabedoria, são qualidades latentes que precisam ser lapidadas.

Na verdade, não existem privilégios na Criação. Todos os seres emanam da mesma e única fonte, princípio de Tudo, o Absoluto, ou seja, Deus.

Os anjos são espíritos puros, conforme a escala espírita adotada por Kardec. Sabemos, porém, que a classificação de espíritos em graus de evolução é algo muito complexo. O que Kardec propôs foi uma simplificação. Para mais detalhes, leia O Livro dos Espíritos.

Evolução significa desenvolver algo que já existe em potencial. Ou seja, na verdade, evoluir espiritualmente significa manifestar, gradativamente, ao longo das existências, a verdadeira natureza que existe em nós. Somos uma centelha divina. Trazemos em nossa consciência o “código genético do Pai”. Apenas precisamos iluminar a sombra do ego para que a Luz Interna do nosso Cristo interior se manifeste. Para que isso ocorra, é necessário percorrer o eterno caminho do autoconhecimento. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.

A Verdade está além dos livros, além da razão, da mente. A verdade é nossa Realidade última, é Deus em toda sua Plenitude. Este caminho é eterno, infinito, e a cada passo um novo horizonte se abre diante de nós.

Anjos são espíritos que já avançaram bastante nesta jornada, livres dos sentimentos inferiores. Por sua sabedoria e amor, dedicam-se a amparar os espíritos menos evoluídos, neste e em outros mundos, em seus vários planos de manifestação. São os responsáveis pela manutenção do equilíbrio no universo, com tarefas específicas e planos de trabalho.

Todos temos por destino a angelitude. Em vez de ficar sonhando com os anjos, entenda que você é um anjo. Procure, a cada dia, manifestar a Luz, seja da forma que for. A caridade é o grande termômetro que mede nosso “calor humano”, o amor que somos capazes de manifestar. Não existe espiritualidade superior sem doação, sem bondade e sem alegria.

Amadureça sua ideia sobre anjos. Eles não ficam lá no céu tocando harpa, imersos em um tédio sem fim. Na verdade, onde houver a caridade, o Amor, lá estará um anjo se manifestando.

sexta-feira, 22 de maio de 2009


CHICO XAVIER

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,

mesmo eu sabendo que as rosas não falam.

Que eu não perca o OTIMISMO,

mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre

Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,

mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...

Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,

mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,

eles acabam indo embora de nossas vidas...

Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,

mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,

reconhecer e retribuir esta ajuda.

Que eu não perca o EQUILÍBRIO,

mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia

Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,

mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo,

pode não sentir o mesmo sentimento por mim...

Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,

mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo,

escurecerão meus olhos...

Que eu não perca a GARRA,

mesmo sabendo que a derrota e a perda

são dois adversários extremamente perigosos.

Que eu não perca a RAZÃO,

mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.

Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,

mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.

Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,

mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...

Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,

mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos

e escorrerão por minha alma...

Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,

mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria

esforços incríveis para manter a sua harmonia.

Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR

que existe em meu coração,

mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.

Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,

mesmo sabendo que o mundo é pequeno...

E acima de tudo...

Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente,

que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um

é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois....

A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS

E CONCRETIZADA NO AMOR!

Amorosamente,

Francisco Cândido Xavier


Ao tentarmos realizar esta biografia, deparamo-nos com uma imensidão de informações. Como fazer para resumir e publicar tantos fatos em tão pouco espaço? Chico Xavier, um homem simples e ao mesmo tempo admirável! Um enigma!

O que tentamos mostrar nas linhas que se seguem é apenas uma coletânea de fatos importantes e de provações vividas por Francisco Cândido Xavier. Seria necessário um espaço bem maior do que este se quiséssemos mostrar toda a vida e obra deste homem notável.

Muitos foram os que estudaram a vida e obra de Chico Xavier, porém todos os que se aventuram a isto se deparam com uma longa jornada sem final. Pois a cada dia, com cada pessoa que se fale, surgem novas informações, não menos importantes ou interessantes do que as anteriores.

A TERRA NATAL E A FAMÍLIA

Francisco Cândido Xavier, nasceu a 2 de abril de 1910, no município mineiro de Pedro Leopoldo, uma cidade pequena, tranqüila, de tradição bandeirante, sem atrações, vida pacata e comércio rudimentar, tendo apenas a agricultura como a base mais importante de subsistência. A chegada da indústria pesada, do aço, fábricas de cimento e outras, causou uma grande transformação no município, ocasionando inclusive o desenvolvimento e o aumento populacional. Em conseqüência, a vida pacata passou a não fazer mais parte do cenário de Pedro Leopoldo, onde hoje se conta com uma população de aproximadamente quarenta mil habitantes. Pedro Leopoldo ficou conhecida nacionalmente a partir da década de 30, quando chegaram às grandes cidades as primeiras notícias da fama de Chico Xavier. O pai João Cândido Xavier e a mãe Maria João de Deus, tiveram nove filhos: Maria Cândida, Luíza, Carmozina, José Cândido, Maria de Lurdes, Francisco Cândido, Raymundo, Maria da Conceição e Geralda.

Em 1915, Dona Maria João de Deus, percebendo a gravidade de sua enfermidade e pressentindo o desencarne próximo, entregou seus filhos a pessoas amigas, para cuidarem de sua educação. Diante de tais circunstâncias, Chico foi entregue a sua madrinha, Dona Rita de Cássia, mais conhecida como Ritinha.

Percebendo a separação de sua família, o menino Chico, perguntou a sua mãe o porquê daquilo estar acontecendo, sem compreender a gravidade da situação e, muito inocentemente, chegou a pensar que a mãe não os amava mais.

Dona Maria, conseguindo superar as emoções, lhe disse que se preparava para sair da casa em tratamento de saúde e que voltaria em breve para cuidar de todos. Resignado com a situação, aceitou as palavras finais de sua mãe, que veio a desencarnar no dia seguinte, 29 de setembro.

A VIDA COM DONA RITINHA

Durante suas constantes crises nervosas, Dona Ritinha premiava Chico com surras que chegaram a acontecer até três vezes ao dia. Sua vida tão cheia de provações, certamente poderia torná-lo um ser revoltado e marginal. Tal fato ocorreria realmente se sua riqueza espiritual de médium não se manifestasse.

Certa vez, Chico dirigiu-se à madrinha muito feliz, dizendo que havia conversado com a mãe desencarnada. Foi o suficiente para receber uma surra extra. Essa conversa com sua mãe foi a primeira experiência de Chico no campo da mediunidade. No entanto, ele continuava a ter visões e conversas com sua mãe, o que sempre narrava à madrinha. Dona Ritinha decidiu então conversar a respeito com o pároco do local, o qual recomendou ao Chico que rezasse mil Ave-Marias com uma pedra de 15 kg em cima da cabeça durante a procissão. Não bastasse isso, Chico foi atingido por algumas garfadas, o que algum tempo depois se transformou numa hérnia estrangulada, que o acompanha até hoje.

Em suas visões, a mãe o aconselhava a ter paciência. Explicava-lhe que não podia levá-lo para junto de si e procurava ajudá-lo a superar os maus tratos da madrinha. Outro fato lamentável ocorreu quando Dona Ritinha soube que a única maneira de curar a ferida infeccionada de seu outro filho adotivo, o sobrinho Moacir, era lamber-lhe a ferida durante três semanas seguidas, em completo jejum. Incumbido desta tarefa, Chico foi desesperado até o quintal, onde evocou o socorro de sua mãe. Recebeu dela palavras que naquele momento lhe confortaram. E quando iniciou a penitência, percebeu com surpresa que sua mãe colocava um pozinho sobre a ferida. E assim, pouco depois a perna de Moacir estava curada.

Apesar de tantos maus tratos, até hoje nunca se ouviu uma só palavra de Chico Xavier queixando-se de sua madrinha. Ao contrário, ele diz que o temperamento de sua madrinha Rita era benévolo.

SEGUNDO CASAMENTO DO PAI

A permanência de Chico junto a Dona Ritinha durou dois anos. Em 1917 seu pai casou-se em segundas núpcias com Dona Cidália Batista, de cuja união a família Xavier se viu aumentada em seis filhos: André Luís, Lucília, Neusa, Cidália, Doralice e João Cândido.

Dona Cidália fez questão de reunir todos os filhos de João Cândido. Foi quando Chico mudou-se para junto deles. Foram dez anos de compreensão e muito carinho entre pai, mãe e quinze filhos!

A PRIMEIRA MENÇÃO HONROSA

Os espíritos continuavam a enviar mensagens a Chico, mas ele receava ser rotulado de louco se comentasse com alguém as conversas que mantinha com "almas do outro mundo".

Ele percebia os fenômenos mas ainda não sabia explicá-los. Chegavam a manifestar-se até na sala de aula, durante os quatro únicos anos de instrução primária que recebeu.

O próprio médium conta que, em 1922, no primeiro centenário da independência do Brasil, todos os alunos tiveram que apresentar uma dissertação sobre a data. Antes de começar a dissertação Chico viu um homem ao seu lado ditando o que deveria escrever. Assustado foi falar com a professora que o aconselhou a escrever o que ouvira, tranqüilizando-o: "Ninguém lhe disse nada. O que você ouviu veio de sua própria cabeça". Com esse trabalho o garoto Chico recebeu a sua primeira Menção Honrosa.

APROFUNDAMENTO NOS ESTUDOS DA DOUTRINA

Naquela época a maior dificuldade de Chico era conciliar a Doutrina Católica, que lhe era imposta, com as primeiras manifestações e conhecimento que obtinha do espiritismo.

Começou a ler sobre a doutrina espírita aos dezessete anos. Nesta época veio a perder sua segunda mãe, Dona Cidália, que desencarnou no dia 19 de abril de 1931. Seu pai não mais voltou a se casar, desencarnando no dia 6 de setembro de 1960, na cidade de Pedro Leopoldo aos 92 anos de idade.

Chico prossegue em seus estudos doutrinários apesar de o padre Sebastião, que era o conselheiro da família e o mesmo que lhe receitou as mil Ave-Marias como penitência para acabar com as "assombrações", deixar bem claro que a igreja Católica não aprovava o Espiritismo. Decidido que estava, Chico aprofunda seus conhecimentos pesquisando Allan Kardec e se dedicando cada vez mais ao desenvolvimento mediúnico.

O fato que levou decisivamente Chico Xavier a se dedicar à tarefa mediúnica ocorreu no mesmo ano de 1927. Uma de suas irmãs ficou em estado de profunda obsessão, atormentada durante dias por maus espíritos. Chico procurou o amigo José Hermínio Perácio, espírita convicto, que lhe ofereceu sua casa para um tratamento adequado. José e sua esposa Carmem, uma médium experiente, conseguiram curar a irmã de Chico através dos ensinamentos da doutrina espírita e do desenvolvimento de suas faculdades mediúnicas. Ainda na residência do casal espírita, na Fazenda Maquiné, situada no município de Curvelo, a 100 km de Pedro Leopoldo, Chico e sua irmã receberam mensagens tranqüilizadoras da mãe. Assim, a irmã voltou para a sua casa completamente curada e Chico sem qualquer dúvida a respeito da verdadeira face do espiritismo. Desde então ele organizou e passou a reunir um grupo de crentes para estudar e desenvolver a doutrina. Tal passagem é narrada no prefácio de Parnazo de Além Túmulo, onde confessa: "...foi nessas reuniões que me desenvolvi como médium escrevente, semimecânico, sentindo-me muito feliz, datando daí o ingresso do meu nome nos jornais espíritas onde comecei a escrever sob a inspiração dos bondosos mentores que nos assistiam".

AS PROVAÇÕES DOS ESPÍRITOS

Em 193l, começaram os primeiros contatos entre Emmanuel e Chico. Nessa época Chico já sofria de uma doença complexa nas vistas: o deslocamento do cristalino, que, somado ao estrabismo da vista direita, incomodava-o dia e noite. Ele pediu ao mentor uma orientação sobre o tratamento que deveria seguir para amenizar o seu sofrimento. Talvez pensasse em obter uma cura imediata através dos poderes espirituais de Emmanuel, mas este lhe ensinou uma lição: não deveria esperar privilégios do mundo espiritual só porque havia sido escolhido para transmitir ensinamentos sublimes. Deveria tratar-se sim, recorrendo à medicina humana, que segundo Emmanuel, "está no mundo em nome da Divina Providência".

O desprezo de Chico pelos bens materiais e pelos cuidados com o corpo também não merece a aprovação de Emmanuel, para quem "o corpo é comparável a uma enxada e o homem lembra o lavrador. Todo cuidado do lavrador é necessário para conservar a enxada em condições de trabalhar com acerto e segurança". As lições foram assimiladas em parte. Chico começou a se cuidar, entretanto o seu intenso ritmo de vida não lhe permitia ter uma boa saúde, pois trabalhava praticamente o dia todo e dormia apenas três horas durante a noite.

Em sua juventude seu corpo ainda resistia. Porém, com o passar dos anos, as defesas do organismo foram se esgotando e nem com a ajuda da medicina terrena Chico escapou da debilidade progressiva. Desde 1976 sofreu crises de angina e dois enfartes. Após a ultima crise de angina, em março de l982, precisou ser assistido permanentemente por um médico, o clínico geral Eurípedes Vieira, e tomar medicamentos diariamente.

O que a medicina dos homens não conseguiu curar foi o problema da visão. Mas uma vez Chico deu prova de que não se desviaria dos ensinamentos de Emmanuel ao recusar em 1969 uma oferta do médium Zé Arigó que desejava operar espiritualmente os seus olhos. "A doença é uma provação do espírito que devo suportar", respondeu Chico.

TRABALHO MATERIAL

Desde os 8 anos Chico trabalhava para ajudar no sustento da família e poucas foram as horas vagas para devotar-se ao Espiritismo. Foi operário em uma fábrica de tecidos, trabalhou como servente de fiação, servente de cozinha no bar de Claudovino Rocha, caixeiro no armazém de Felizardo Sobrinho e, finalmente, inspetor agrícola. O emprego de servente de cozinha fez nascer em Chico o hábito de preparar suas próprias refeições.

A CONFUSÃO DO NOME

Chico Xavier, ao ingressar para o serviço público como inspetor agrícola, precisou providenciar seus documentos pessoais. Junto com seu pai dirigiu-se ao cartório da cidade a fim de obter a sua certidão de nascimento. Qual não foi a surpresa de ambos, quando o funcionário do cartório não conseguiu encontrar ali o seu registro. Após várias horas de busca deparam-se com outras surpresas: o filho do Sr João Cândido Xavier ali registrado era Francisco de Paula Cândido, nascido a 2 de abril de 1910, quando o correto seria: Francisco Cândido Xavier, nascido em 2 de abril de 1910. Como não havia tempo para modificação naquele momento, seu nome assim permaneceu até 1965. Coube ao Meritíssimo Juiz de Direito da 2ª Vara de Uberaba, Dr Fábio Teixeira Rodrigues Chaves, retificar por sentença o seu nome, passando então a usar aquele que o tornara conhecido através das suas atividades mediúnicas.

Portanto, para sanar qualquer dúvida, funcionário publico, hoje aposentado do Ministério da Agricultura, é o Sr Francisco de Paula Cândido. Francisco Cândido Xavier nunca existiu no quadro de funcionários desse Ministério, pelo menos até 1965.

Refletindo sobre tal confusão, após algum tempo, o pai de Chico lembrou-se de que havia solicitado a um amigo para que fosse em seu lugar efetuar o registro de seu filho. Esse amigo, ao chegar ao cartório lembrou-se de que o dia 2 de abril era, segundo o calendário católico, consagrado a São Francisco de Paula. Foi então que decidiu registrar o menino como Francisco de Paula, completando com o primeiro sobrenome, Cândido, ao invés de Xavier.

OS TRÊS PERÍODOS DE VIDA MEDIÚNICA

Mesmo sem tempo, Chico conseguiu desenvolver-se mediunicamente com a colaboração do casal Perácio. Em 1934, quando o casal transferiu-se para Belo Horizonte, a presidência do centro espírita de Pedro Leopoldo foi entregue a José Cândido Xavier, irmão de Chico. "Tive três períodos distintos em minha vida mediúnica", relata Chico Xavier, no início de Parnazo. "O primeiro, de completa incompreensão para mim, é aquele dos 5 anos de idade, quando via minha mãe proteger-me, até aos dezessete anos, quando a doutrina espírita penetrou em nossa casa. O segundo, de 1928 a 1931, no qual psicografei centenas de mensagens que os benfeitores espirituais, mais tarde, determinariam que fossem inutilizadas, porque em suas opiniões essas mensagens eram apenas esboços e exercícios. O terceiro período começou com a presença do nosso abnegado Emmanuel, que, em 1931, assumiu o encargo de orientar todas as atividades mediúnicas até agora".

A VIDA PREGRESSA DE EMMANUEL

Após inúmeros contatos com Emmanuel, Chico conseguiu saber algo sobre a vida pregressa do espírito benfeitor: ele esteve na pele de um senador Romano da Judéia, Publius Lentulus, casado com Lívia, com quem teve uma filha de nome Flávia. Sua vida era cercada de luxo e ostentação, totalmente devotada ao imperador César, enquanto que Lívia dedicou sua vida a Deus. Presenciou da arquibancada de honra do Circo Máximo, a execução da mulher que amava e que se convertera ao cristianismo, sem manifestar qualquer reação que impedisse a ocorrência funesta.

Desencarnou tragicamente, no ano de 79, em Pompéia, quando da erupção do Vesúvio. Anos mais tarde, reencarnou como Nestório, negro de grande cultura. Foi feito escravo pelos romanos e comprado por uma família nobre de Roma que o aproveitou como professor. Cristão desde a juventude, foi um dos assistentes das pregações evangélicas do apóstolo João Evangelista em Efeso. Freqüentava as reuniões nas catacumbas e, certa noite, na ausência do pregador Policarpo, substitui-o encaminhando a palestra. Após belíssimos ensinamentos, ele e todos os que o ouviram, foram presos e condenados a morrer a flechadas e a serem devorados pelas feras no Circo Máximo.

A mais recente reencarnação de Emmanuel teria sido como o Padre Manuel da Nóbrega, primeiro apóstolo do Brasil. Nasceu em Sanfins, Portugal, em 18 de outubro de 1517 e desencarnou no Rio de Janeiro, no Colégio dos Jesuítas, por ele mesmo construído, no ano de 1570, no mesmo dia e mês de seu nascimento, contando com 53 anos de idade sendo a tuberculose a causa de sua morte.

Mesmo sentindo que Chico estava preparado para receber mensagens psicografadas, Emmanuel impôs uma condição básica para trabalhar ao seu lado: que o médium seguisse, acima de tudo, os ensinamentos de Hippolyte Léon Denizard Rivail, cognominado Allan kardec (03/10/1804 - 31/03/1869).

A orientação é seguida à risca até hoje. Chico se limita a aprender e a transmitir os ensinamentos codificados por Kardec. A humildade é sempre presente nas atitudes de Chico, que revela aversão à idolatria e à tentativa de alguns que desejam mitifica-lo.

A VIAGEM A BELO HORIZONTE

Em janeiro de 1933, Chico trabalhava no armazém de José Felizardo Sobrinho como balconista, recebendo quarenta cruzeiros mensais. O amigo José Álvaro, poeta e escritor, propôs-se a levá-lo para a capital mineira em busca de um melhor salário. João Cândido seu pai, ficou entusiasmado e incentivou o filho a aceitar a proposta. Chico, defrontando-se com o dilema, consultou Emmanuel que lhe disse achar inoportuna a viagem, mas aconselhou-o a não desobedecer ao pai. Assim, ele resolveu viajar após conseguir uma licença no armazém.

Diante de um novo mundo em Belo Horizonte, onde participava de convenções literárias e recebia visitas de todos os tipos, Chico teve seu primeiro contato com a fama, pois todos queriam conhecer o autor do Parnazo. Durante três meses, ele permaneceu em Belo Horizonte, mas as agitações e os elogios não foram suficientes para fazê-lo perder a humildade. Regressou a Pedro Leopoldo retomando suas atividades no armazém do senhor Felizardo.


AS SESSÕES ABERTAS AO PÚBLICO

Dois anos mais tarde, Chico tornou-se alvo de uma longa reportagem do jornal O Globo. Essas reportagens colaboraram para que a fama de Chico Xavier ultrapassasse os limites de Minas Gerais. A partir daí uma verdadeira romaria invadiu Pedro Leopoldo para conferir as habilidades de Chico Xavier. Chico não se sentia à vontade com a notoriedade e, mais de uma vez, manifestou seu temor de que a fama excessiva pudesse prejudicar sua missão. Tal fato não ocorreu e o que ele não poderia imaginar era que anos depois seria conhecido e amado nos quatro cantos do país.

Nessa época o médium estava preocupado que as sessões abertas ao público, que era um trabalho sério que ele vinha realizando, se transformasse num simples show. Os textos eram psicografados por Chico Xavier em vários idiomas: inglês, alemão e até em sânscrito. Tal fenômeno era o que mais impressionava a leigos e estudiosos.

Emmanuel esperou por um período de dois anos e solicitou a Chico que as reuniões desse tipo fossem encerradas. Para o mentor o trabalho do médium vinha-se cercando de uma curiosidade improdutiva e isto certamente iria ameaçar a tarefa mais importante que seria a da divulgação de ensinamentos através de livros psicografados. Emmanuel sabia o que estava fazendo. Tanto é que a década de 30 foi a mais rica em termos de mensagens esclarecedoras. O mentor transmitiu toda a sua sabedoria em textos que tratavam dos mais variados temas, como Sociologia, Economia, Política, etc.

DESENCARNE DO IRMÃO

Com o desencarne de seu irmão e companheiro de luta, José Cândido Xavier, em fevereiro de 1939, Chico Xavier passa por mais um momento doloroso em sua vida.

Acumulou então a tutela dos sobrinhos e da viúva Geni, companheira nas atividades espirituais, porém muito doente. Chico desdobra-se entre o trabalho no armazém durante o dia todo e à noite participando das sessões espíritas.

Nesta época ocorre mais um fato curioso: seu irmão deixara uma grande dívida referente à conta de luz. Com o que Chico ganhava era impossível liquidar tal débito. Um dia, sentado à porta de sua casa, recebeu a visita de um estranho que lhe diz ter vindo saldar uma dívida contraída há tempos atrás. Chico recebe o envelope, agradece ao estranho e, quando este se vai, abre o envelope e encontra ali a quantia exata para quitar a dívida deixada por seu irmão.

OS FENÔMENOS DE EFEITOS FÍSICOS

Chico Xavier não apenas psicografava como também realizava fenômenos de efeitos físicos. Certa vez perfumou a água que os assistentes traziam. De outra vez, o ar. Contam algumas testemunhas que Chico, certa ocasião foi rezar ao lado da cama de uma mulher muito doente e sem esperanças de vida. Enquanto o médium rezava, pétalas de rosas começaram a cair do teto sobre a doente. A mulher veio a desencarnar sem sofrimento, durante aquela madrugada. Após algum tempo desse acontecimento, Emmanuel intercedeu junto a Chico Xavier recomendando a suspensão dos trabalhos de efeitos físicos.

À medida que sua fama se propagava, cresciam também estórias dos poderes do médium, levando-o por diversas vezes a ter que esclarecer o público sobre a inveracidade de ser capaz de fazer um cego enxergar ou um paralítico andar.

A ASSISTÊNCIA SOCIAL

Aposentado pelo Ministério da Agricultura, Chico intensificou seu trabalho de assistência social, juntamente com a comunidade espírita de Uberaba, tentando colocar em prática as orientações de André Luiz, que na primeira edição de seu livro Nosso Lar, redimensiona a solução para os problemas sociais e mostra a diferença entre os serviços social, profissional e a assistência empírica paternalista.

A MISSÃO INTERNACIONAL

Em sua primeira missão internacional, Chico viaja para os Estados Unidos para auxiliar os espíritas brasileiros lá residentes. Esta visita foi programada e orientada por Emmanuel e André Luiz, surtindo como resultado a fundação "Christian Spirit Center" que tinha por objetivo difundir lá a doutrina espírita como é praticada no Brasil. Livros sobre o tema foram traduzidos para o inglês e até mesmo uma reportagem foi publicada sobre Chico Xavier na revista Cosmic Star, editada na Califórnia. A revista fez uma matéria a respeito de suas atividades e de sua comunidade em Uberaba.

Nesta mesma época Chico viaja para a Europa, onde encontra o estudo do espiritismo e a prática mediúnica desenvolvidos principalmente na Inglaterra. Ali ele afirma: "...os fenômenos mediúnicos são vivos em toda parte, mas na Inglaterra eles desfrutam de imenso respeito com as notáveis atividades que lhe são conseqüentes".

A partir da década de 60 a fama de Chico Xavier ultrapassa as fronteiras do país, transformando-o no mais famoso médium vivo no Brasil.

PRÊMIO NOBEL

Seu valor não ficou provado apenas pelos mais de cem títulos de cidadania que recebeu no Brasil. A comissão que organizou sua candidatura ao Nobel referiu-se ao trabalho do médium em prol da assistência social. É bem verdade que este reconhecimento não é unânime, pois o velho presidente da Academia de letras, Austregésilo de Athayde, declarou solenemente: "Aqui na Academia não conheço ninguém que se interesse por livros dele".

A indiferença da Academia não interfere no prestígio que Chico acumulou em mais de 60 anos de trabalho honesto e humilde. Prova disso foi a grande campanha realizada para que recebesse o prêmio Nobel da Paz em 1981, onde cerca de dez milhões de brasileiros endossaram a campanha, assinando manifestos e cartas.

AS SENSAÇÕES

Sua fama e também sua debilidade física, obrigaram-no ao isolamento forçado, mas nunca se negou a receber alguém ou conversar sobre qualquer assunto. Na época da série de reportagens do jornal O Globo, ele descreveu como se sentia no momento em que psicografava ou incorporava espíritos. O depoimento é válido até hoje tanto para os estudiosos quanto para os leigos. Chico contou que a música produz em sua mente "uma excitação muito especial", que pode levá-lo ao transe. "Outras vezes", ele diz, "escrevo num estado semiconsciente, sonhando acordado". Mas, o que ele sente no momento em que começa a psicografar as mensagens? "Faço tudo mecanicamente", responde. "Um torpor pesado e prolongado me invade. O torpor é profundo, mas é preciso que haja silêncio absoluto. Um chamado brusco, por exemplo, me perturba, me sobressalta, causa-me até um mal psíquico".

A HUMILDADE

Apesar de tantos livros editados e vendidos (mais de 406 títulos), ele recebe por mês apenas uma aposentadoria como ex-funcionário do Ministério da Agricultura. O dinheiro oriundo das vendas dos livros é doado às obras de caridade.

Hoje, apesar de sua idade e de todos os fatos que lhe ocorreram, Chico Xavier prossegue fiel em sua missão de revelar à humanidade a doutrina e os ensinamentos do Espiritismo. Jamais acusou alguém de ser mais ou menos bom para consigo, aceitando o ser humano como é, em nada o reprovando.

Emmanuel é o principal mentor de Chico Xavier mas não o único a lhe ditar mensagens profundas e cheias de ensinamentos. Outro espírito de luz a comunicar-se através da psicografia de Chico Xavier é um cientista brasileiro que até hoje mantém sua verdadeira identidade incógnita. Comunicou-se com ele pela primeira vez em 1943 e o médium quis saber de quem se tratava. No entanto, a entidade, apontando para o irmão de Chico que dormia no quarto ao lado, pergunta pelo seu nome. Chico respondeu: "André Luiz". Então, disse o espírito: "De agora em diante este será o meu nome". Muitos acreditam que André Luiz foi Osvaldo Cruz, o pioneiro da medicina tropical no Brasil ou Carlos Chagas. André Luiz descreveu em suas obras experiências fascinantes sobre a vida após a morte.

Chico Desencarna

Chico, Amor, Xavier, serviu de exemplo e se a esmagadora maioria o tornou como imagem viva do amor e da tolerância, é tempo dos aprendizes de feiticeiro, que se comprazem escolhendo motivo para dividir, pensarem que afinal o encontro com a verdade consciencial ocorrerá sempre e que valerá mais apresentarem-se ao Altar da Verdade, com a consciência do dever cumprido, do que desembarcarem no outro lado da vida com o filme de terem desmerecido a vida impoluta de um homem que foi exemplo para todos.

O Movimento Espírita Mundial deverá estar em festa. Porque para nós morte é vida e sabemos que o "simpático velhinho" de Uberaba, verdadeira glória de amor, deixou o seu "jumentinho" já bem depauperado para nos fazer herdeiros de um legado de luz bem patente nas centenas de livros que constituem um manancial de esperança, de consolação e de fé.

Precisamente no dia em que o Brasil se engalanava para festejar a desportiva vitória mundial, Chico parte em silêncio, precisamente longe das luzes da ribalta. Da forma simples como viveu. Mas como discípulo sublime do Mestre, de quem trouxe, pela mediunidade, testemunhos inesquecíveis nas obras de Emmanuel, que fazem rolar lágrimas de comoção a todos aqueles quantos ali buscam consolo para suas dores.

Portugal e a sua Federação prestam sentida homenagem ao amigo, ao irmão e ao grande e exemplar mestre de amor e resignação. Acompanhamos, vibrando, os hossanas que o mundo espiritual canta na recepção a um dos mais admiráveis discípulos de Jesus sobre a Terra.

Com ele no mundo espiritual, a Religião dos Espíritos ganhará mais dinâmica porque o teremos connosco, mais perto de nós, para o Bom Cambate.

Apresentamos á Federação Espírita Brasileira e ao Movimento Espírita do País Irmão a nossa total solidariedade e afirmamos que juntos continuaremos levando a mensagem que Chico tão bem nos transmitiu e que o Espiritismo advoga - o AMOR E A INSTRUÇÃO.